sexta-feira, 30 de março de 2012

Janela indiscreta

Nesta sexta-feira cinza, com temperatura ao ponto, desta minha janela indiscreta no 12º andar, vejo gente correndo, carros frenéticos. Para aonde vão estas pessoas com tanta pressa que não conseguem ver que a pressa é inimiga da PRESSÃO?

quarta-feira, 28 de março de 2012

Plágio

Plagiando quem me plageia
A pangeia de palavras tortas
Mortas pela falta de criatividade
Soltas pelas sendas da internet

Plagiando quem me plageia
Espero ser imitado novamente
E ver meu texto eminente
Em muitos outros sitios diferentes

segunda-feira, 26 de março de 2012

Janelas da segunda - Parte III

Aqui, no céu claro do planalto, sobre o asfalto quente, eu atravesso a rua em direção ao escritório, sob meus pés, a distância vai encurtando e o caminho deixado para trás esquecido de mim - outros pés caminham sobre a imensa e densa massa asfáltica da cidade. Tudo brilha e queima entre vidros, asfalto e estátuas que contam histórias. Nem é preciso ser poeta para ver contido na paisagem urbana uma rima rica em contrastes entre o humano e o monolítico.
Um olhar ao redor de mim, me localiza entre difentes rostos e gestos, gostos e restos de pensamentos aleatórios - eles dizem muito mais que posso ouvir - mas são ininteligíveis a ouvidos nus, será preciso um pouco mais de atenção para decifrar de que tanto reclama a multidão.
E assim, todos os dias são - ou parecem - iguais. Entro no escritório, sento em minha cadeira e ligo o computador. Planos e planilhas, reuniões e cartilhas, nada é mastigado, mas engulo o tempo, porque o trabalho não dá trégua, e preciso continuar e continuar...pagar as contas no fim do mês.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Janelas da segunda - Parte II

Paulista lotada - não é novidade - gente correndo - menos ainda.
Eu, de minha janela, de dentro do ônibus vejo algo incomum: no semáforo fechado, no ônibus parado, na calçada em frente uma mulher aparentando trinta e poucos anos dá uma bofetada na cara de um cara ao lado dela. Espanto - a paulista é assim. O cara sai andando em direção contrária. Todos olham para ela, outros para ele - em questão de segundos todos estão de volta as suas vidas anônimas - não querem tomar partido. E assim segue a vida incomum de pessas tão comuns e anônimas, neste mundo bizarro.

Toda mentira será recompensada

Às vezes a gente se sente no derver de mentir - e não acreditem se disserem a você que mentir é errado.
Mentir é uma evolução da mente diabólica que também vive dentro de nós.
Mentir pode salvar. Mentir pode trazer a paz. Mentir pode ser razoavelmente displicente se levado em consideração o peso da verdade em certos momentos. Com certeza, necessário!
Para ser mais genérico e mais catastrófico, digo: o que há de verdade em tudo? E se tudo for uma mentira? E se a mentira for realmente a única coisa sensata e verdadeira de nossa existência.
Minta, se isto for verdadeiramente necessário. Minta se a verdade não importar de maneira nenhuma. Minta sem dizer que mente. Mas nunca minta em causa própria ou para levar vantagem sobre alguém.
Mentir não é uma arma, é uma estratégia da sabedoria.
E me diga agora se minto quando digo tudo isso.

sexta-feira, 9 de março de 2012

A mente diabólica na era da informatização

Cena prólogo: relatório de dados sobre ganhos de capital aqui da empresa, levei 1 semana inteira para concluí-lo.

Outra cena: meu coordenador deseja o já sitado relatório impresso colorido para apresentar ao chefe da empresa.

Cena informatizada: a única impressora colorida da empresa está sem toner para impressão, e as meninas da contabilidade já pediram faz tempo para comprar.

Cena patética: o toner chega depois de 1 semana e horas antes de eu terminar  o relatório.

Cena técnica: chamaram o cara de TI aqui da empresa para trocar o cartucho, já que as funcionárias da contabilidade usam mas não sabem como fazer isto.

Cena dramática: toner colocado na impressora, o cara de TI pronto para a impressão de teste e....pan pan pan pan - quebra uma peça da impressora durante o teste.

Cena diabólica: esta filha da puta da Mente Diabólica trabalhando por de trás das entranhas da existência humana, fode comigo.

Cena Final: tive de mandar imprimir o relatório numa gráfica digital aqui perto da paulista.

Cena extra: o universo conspira contra todos nós, como se nós - os seres humanos - fossemos o câncer que mata o próprio universo.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Janelas da segunda - Parte I

De dentro do meu carro, com o pé firme e resoluto no acelerador, avanço rapidamente pelo asfalto quente da paulista em direção ao escritório, e é tão óbvia a ironia do detalhe: moro no paraíso e trabalho na consolação. Mas consolar-se de quê, se o trânsito não me deixa ver a beleza verdadeira que se esconde nas arquiteturas e nas coisas de concreto, aço e vida em verde. Todos os dias perco a noção de como admirar esta cidade, e me contento apenas em observar com certa impaciência, visto que desejo chegar logo ao trabalho. O trânsito é de 'matar', em todos os sentidos. E assim, pelas janelas dos carros, dos prédios, dos olhos, a segunda-feira é apenas o primeiro dia de uma semana intranquila, veloz, e cinza na capital.
Pedestres apressados e impacientes, feito baratas descontroladas, atravessam faixas, ruas, avenidas, entre carros, motos, entre o tempo de ir e de voltar. A casa não é mais o lar, mas apenas o local de dormir. As janelas da segunda-feira me mostram aquilo que não vejo no fim de semana: a vida é um caos sobre rodas - pois não se vai a lugar nenhum em Sampa sem ele.
E se não desisto, não é porque não quero, mas porque meu espírito já esta entregue a escravidão do cotidiano.
Talvez um dia, na minha aposentadoria, que desejo faz tempo, me venha a lembrança dessas segundas loucas, e me bata a saudade de acelerar meu carro em direção à Consolação. Talvez!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Plano de fundo para algo maior do que podemos supor, ou como é infinita a capacidade de se deslumbrar, e ao mesmo tempo, errar em nossas tentativas obscuras de entender o destino

Ao consumir meus neurônios esta manhã para entender porque a entropia (lei da física) se apropriou do trânsito da cidade para infernizar a nossa vida, descobri que a frase de Descartes "penso, logo existo", ao contrário de ser atemporal, configura-se como um tropeço da linguagem filosófica de seu tempo.
Assim é: penso, logo desisto de entender 99% das coias em que penso.
Assim, penso que de dentro do meu carro, sou incapaz de entender certas leis que se apropriam da natureza diabólica do mundo ao nosso redor. E nem tente entender o que eu estou tentando dizer, porque o destino de todas as coisas (se é que elas também tem destino como nós) é incalculável, impalpável e hidrófobo. Logo, penso: há algo maior na criação do que podemos supor, algo que no fundo no fundo, perceberemos erradamente durante toda nosso vida, e tentaremos sempre acertar, e estaremos sempre em erro, até que o infinito nos derrote, ou que o céu caia.

quinta-feira, 1 de março de 2012

True or fake

Alguém me disse (ou ouvi falar em alguma conversa) que talvez tenha pego passando por algum lugar (ou que seja apenas um boato) - embora ninguém saiba ou tenha visto o nascimento de um boato - de que o FACEBOOK, vai matar os blogs!
Se é true or fake eu não sei .
E será este post o nascimento de um boato?